à espera de serem vestidos...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010


mais uma vez... mamas com pernas!

Chega a hora do António comer e as minhas mamas "ring a bell"! 

Finalmente

Parece-me que entrei no ritmo (se é que se pode chamar assim). Com isto, não quero dizer que não irei stressar mais vezes, entrar em parafuso, estar demasiado cansada que só me vai apetecer procurar o botão do "pause". Irei ter dias, ou momentos assim, claro! Mas acho que, finalmente, comecei a desfrutar desta coisa a que chamam "maternidade". Quero afastar todos os pensamentos que me provoquem conflito... como a hora do banho (será que vamos estar em casa?) ou a hora e sítio de dar de mamar (será que vão estar a olhar? ou muito em cima de mim? será que vou sentir paz para o fazer?). Ou se ele vai começar num berreiro e vão olhar-nos como se fossemos os piores pais do mundo! 
Quero, simplesmente, deixar-me levar... Quero aproveitar cada dedidnho encolhido, cada pé com frio, cada xixi em repuxo e cada sorriso que acho (acredito mesmo!) que me devolve! Quero aproveitar estes momentos em que ele está a dormir, e descansar... Hoje, sinto que estou a descansar. Sem ter o que fazer. Simplesmente em casa, no mimo. E está a saber-me mesmo bem! E sim, dói-me a cabeça, porque dormi pouco. Porque queria ter dormido mais, mas a partir das sete não consegui e durante o dia, também não consigo... Mas mesmo assim: estou tranquila!

António

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Report da noite

21:00h Vou dormir (e espero acordar lá para a meia noite - AHAHAHAHAHAHAH!)
22:00h Acordo com a cria num berreiro, ao colo do pai
22:30h Dou de mamar
23:00h Ponho-o na cama e espero que volte a dormir. Deito-me!
23:30h Vou substituir o pai - já que estou acordada, deixar dormir quem ainda não conseguiu.
00:30h Dou de mamar (ARRE!!!! que o puto está esfomeado!!!)
01:00h Ponho-o na cama e espero que volte a dormir. Deito-me!
01:10h A cria chora. Levanto-me e tiro-o da cama. Espero que adormeça e volto a deitá-lo. Deito-me!
01:15h A cria chora. Levanto-me e tiro-o da cama. Espero que adormeça e volto a deitá-lo. Deito-me!
01:20h A cria chora. Levanto-me e tiro-o da cama. Espero que adormeça e volto a deitá-lo. Deito-me!
(Esta repetição continua até à próxima mamada...)
03:00h Dou de mamar (já tenho os mamilos doridos... bolaaaaassss!)
03:30h Ponho-o na cama e espero que volte a dormir. Deito-me!
06:30h Acordou novamente. Tem fome (a sério!!!!!)! Dou de mamar.
07:00h Tiro a fralda de 3 kgs, cheia de xixi, e espero que adormeça...
07:30h Ponho-o na cama e espero que volte a dormir. Deito-me!
07:40h A cria chora. Levanto-me e tiro-o da cama. Espero que adormeça e volto a deitá-lo. Deito-me!
07:50h A cria chora. Levanto-me e tiro-o da cama. Espero que adormeça e volto a deitá-lo. Deito-me!
08:00h O pai substitui-me! O ritual dura até à próxima mamada... 
10:30h Dou de mamar (enquanto rezo para que, a seguir, durma de vez... sacana do puto! E eu, cheia de sono) 
11:00h e espero que volte a dormir. Deito-me!


Conclusão: conseguimos dormir 3 horas durante a noite inteira! Claro que tenho a cabeça do tamanho de um melão - e os Benurons ajudam pouco! O pai vai ter que trabalhar... E aposto que o sacaninha vai dormir o dia inteiro! Por enquanto, é uma da tarde e continua a dormir... LINDO!!!!!!

1 mês

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O António é um bebé! Já não é um recém nascido... Não sei se é bom, mau, ou completamente indiferente! Já me fartei de procurar o manual de instruções e creio que ficou perdido na maternidade. Cá em casa não está. Ele berra. Muito. Às vezes tem cólicas. Outras, sono. Por vezes é frio. Até já faz birras de mimo. E tem vezes, que chora só porque sim! 
Ando completamente cansada. Com muitas saudades de dormir, de comer com calma, de tomar banho no meu ritmo, de ir à casa de banho sem pressa, de me vestir com paciência, de me enroscar no sofá com o pai barriga, de passear de mão dada... de não fazer nada! Parece que acabou - e não é uma coisa temporária! Este solavanco de amor dura a vida toda! Arrebata-nos para sempre. As birras são lindas, o choro é um amor, o cocó é uma alegria. Esta paixão assolapada consome-nos de um modo que ajuda a superar o cansaço.
Confesso que anseio pelo dia em que irei jantar só com o marido... namorar a dois! Ou por um fim de semana de sono retemperador, olhares ternurentos e mãos entrelaçadas. Mas por enquanto, só a ida ao supermercado da esquina (sozinha), faz-me sentir com um pedaço a menos... meio esquisita. Por outro lado, não deixa de ser agradável sentir-me mais pessoa, e menos mamas com pernas. Enfim...
A minha vida mudou!

25 de Outubro de 2010

Segunda-feira.
Desde domingo que tenho uma mancha molhada nas cuecas. Na segunda, decidi ligar para a moça que me dava a preparação do parto para ter a certeza que era líquido amniótico. Pode ser, disse ela. Liguei para o hospital. A médica estava por lá. Liguei ao maridão, e às 11h estávamos a ser vistos pela médica.
Pois que já estava em trabalho de parto. Sem contracções... Tomei 1/4 de comprimido, para acelerar o processo, e cerca das 14 horas, começou tudo! A médica fez-me o que eu chamei de um toque maravilha, que me "puxou" o colo do útero para a frente, e fez com que saísse o restante líquido amniótico que permanecia dentro de mim. Não demorou muito até pedir a epidural! E continuar a pedi-la... quatro vezes... e sempre com um sorriso na cara (a adivinhar o alívio que dali vinha!). 
Deu para brincar (entre contracções, claro!), tirar fotos, rir, palhaçar... tudo! Eram 21:20h, nasceu o António, de parto natural, ajudado por fórceps, porque a cria insistia em ver quem o tirava cá de dentro, em vez de olhar para o chão... 
E a minha vida mudou!

Conversa sobre a barriguinha

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ontem fomos às "Conversas com Barriguinhas". Ouvimos o senhor da Criostaminal falar sobre a colheita do sangue do cordão umbilical para preservação das tais células. Ouvimos um enfermeiro (muito engraçado) falar sobre a comunicação intra uterina. Uma senhora que representava a Mustela. E viemos embora, antes da Nestlé falar de alimentação - estava um frio do camandro e o António pedia jantar!
A propósito da preservação das células estaminais - e queira Deus que nunca, mas nunca sejam precisas - eu estou convencida! Já viram se - o diabo seja surdo, cego e mudo (e, já agora, analfabeto) - o bebé (criança ou adulto, mesmo) precisa das ditas?! É nessa altura que pensamos porque raio não fizemos aquela coisa que não custava nada na altura?! Por mim, tá adjudicado!

António Feio

Lutou, até não conseguir mais...
Esta coisa da morte, mexe muito comigo, mas agora não me apetece falar nisso!

os senhores do google decidiram

quarta-feira, 28 de julho de 2010

... e nós temos que gramar com aquilo assim. Até podemos não gostar, mas é comer e calar.
- Se quiser ver imagens, é assim que vê! 
- Ah! e tal! mas não podemos escolher esta nova forma ou a antiga? 
- Não, que isto é à vontade, mas não é à vontadinha! 
E mai nada!

Cuidado com o que desejas

terça-feira, 27 de julho de 2010

Tanto mal disse, tanto desejei despedir, tanto falei com o G. sobre o assunto, que a empregada despediu-se. Desde que a nossa Sónia se foi, que já rodámos três empregadas. Já instruimos três senhoras. De como gostamos a cama feita, a roupa passada, a casa limpa. Já se foram embora três. E o pior, é que acho que não consigo limpar tudo sozinha. É que já me custa lavar os pés e fazer a depilação nas pernas e pintar as unhas dos pés. Já me custa fazer qualquer coisa que implique dobrar a cintura inexistente. Quanto mais aspirar debaixo da cama, levantar tapetes do chão ou lavar a banheira... 
Conclusão: empregada procura-se!
Para a próxima, prometo pensar muitas vezes antes de falar... pelo menos, prometo tentar!

sensação de trabalho bem realizado é...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

...receber um sms a dizer: "gosto muito da minha casa nova - obrigado por tudo!"
Sentimento de concretização profissional, e felicidade por dar felicidade, e consciência de saber que se faz bem feito, e tantas mais coisas boas!

vais dar algum trabalho...

"Agora tenho que ir descansar a minha pele de pêssego", diz a minha sobrinha L., no alto dos seus-quase-seis-anos. A mesma que, aos 4 anos, já se sentava na cadeira de bebé, no banco de trás do carro, com a perna cruzada. Esta rapariga faz-se...

6 meses

Estamos crescidos. Muito crescidos. A pele estica muito e eu sinto. Nem acredito que ainda temos três meses para crescer e esticar... Ainda não incho (e acredito mesmo que não vou inchar nunca - ahahahahahaha!). 
Ontem fomos jantar sushi. Os pais foram namorar. Queremos aproveitar os últimos meses a dois. Não, porque a seguir vai ser mau, mas porque vai ser diferente. Mesmo que tiremos uma ou outra noite só para nós, iremos ser, sempre, mais que só nós dois (como é que se põe aqui um smile gigante?!). E gostamos de ser só dois. De namorar. De não ter horários para jantar, dormir ou tomar banho. Desconfio que vamos adorar ter isso tudo (e mais, muito mais) daqui a uns meses, mas por enquanto, há que desfrutar do que existe agora A comida estava óptima (ou ótima...) e o António adorou. Manifestou-se imenso durante o jantar (e agora era outro smile, daqueles mais discretos). Viemos para casa com um sorriso bom na cara. Tranquilos. Juntos. Os três (já somos sempre três, na verdade)! 

anulei a beatificação da empregada

terça-feira, 20 de julho de 2010

Depois de esfregar a banheira, limpar o ralo do lavatório e o pó ao quarto, temos pena, muita peninha mesmo, mas a D. Deolinda já não é santa nenhuma! A senhora veio ontem (for God sake). Pela segunda vez lhe pedi para limpar a banheira que estava a acumular aquela sujidade cinzenta onde fica a água com espuma. E acabei eu a esfregar a dita. Agora está branca. Imaculada. O ralo também já me começava a fazer comichão. Debaixo da tampa de inox que serve de tampa, estava a ficar preto! Aquilo vê-se, senhores!!!!! Além disto tudo, ontem quando nos fomos deitar e mexemos no despertador, tivemos que ter cuidado para não ficar com as mãos empoeiradas. E pronto! É este o meu desabafo. Depois de tentar convencer o G. a deixar-me limpar a casa (já lhe fiz a conversa uma vez, e levei um não peremptório!), vou reduzir-lhe as horas (pronto, deixo-a vir passar a ferro!). Mas pagar-lhe para depois ir limpar eu, acho um bocadinho estúpido! Não sei, digo eu...
Será que, com o aumentar da barriga, vou ter dificuldade em limpar a casa? Não é pelo tempo. Esse, tenho de sobra. O meu medo é a barriga que cresce a olhos vistos... Digam-me, senhoras de barrigas crescentes (e decrescentes, a seguir), o que acham? Vou penar para limpar a casa, ou até é uma tarefa exequível? 

eu, a doméstica

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ando armada em caseira. Doméstica mesmo! Ele é ver-me a ir às compras (supermercado). É ver-me arrumar a cozinha e fazer as refeições cá de casa. É ver-me arrumar o quarto e zonas de lazer... Acho que é o meu modo de me sentir um bocadinho menos inútil para a vida a dois. É que, assim, de repente, deixei de contribuir monetariamente para esta sociedade.
Hoje, até bife com batatas fritas, eu fiz. E não era um bife qualquer, não senhor! Empenhei-me! Pedi ao senhor do talho um bife bom (que eu, de carne, não percebo absolutamente nada - não a como, nem a cozinho há cerca de oito anos), e fiz um molho de natas (das verdadeiras, que cá em casa só se comem as de soja - sem colesterol) e cogumelos. Disse o pai barriga que estava muito bom! E eu, fiquei tão orgulhosa de mim mesma...

já voltou!

terça-feira, 13 de julho de 2010

As barrigas estão tão felizes, tão felizes, mas tão felizes, que até metem nojo. Não tem havido muito tempo nem coisas giras para escrever aqui, por isso não tenho postado. Mas estamos bem melhor, agora que estamos os três juntos. Gostamos mais quando assim é!
Hoje fomos ver se temos diabetes gestacional. De maneira que foi beber aquela coisa-que-até-nem-é-má-de-todo, a seguir à primeira picada, e esperar 1 hora para tirar mais sangue. Foi a alegria. Ainda para mais, porque a senhora enfermeira achou que o meu braço direito (o segundo) merecia ser mais torturado que o esquerdo (o primeiro). E na segunda vez, nem mãe, nem marido que me valessem. Estava completamente sozinha a enfrentar o medo da agulha.

dentro de poucas horas

sexta-feira, 9 de julho de 2010

... o meu Homem estará a caminho de mim. E eu, não sei se ria ou chore. Já me deu para as duas coisas... ao mesmo tempo. A única coisa da qual tenho a certeza, é que na madrugada de amanhã, serei muito mais feliz!

durante a caminhada matinal, penso na vida

Tenho andado a pensar nesta coisa de ficar em casa e não ter um trabalho fixo e um horário fixo. Se eu gostava que fosse assim? Sim. Sempre achei que iria trabalhar até me rebentar as águas e ter que ir, de táxi, para a maternidade. Mas também, sempre achei que iria trabalhar num sítio onde fosse feliz. Onde as pessoas não têm duas caras e tentam, só porque, fazer a vida dos outros infeliz. Onde não chego a casa triste. Onde não saio de casa pesada, sem vontade, nenhuma, de ir. Onde não tenho a obrigação de inventar trabalho e achar que o meu dia é inteiramente desperdiçado. Trabalhar num sítio, destes, onde me pagam miseravelmente mal, para aturar tudo isto (qualquer coisa abaixo dos 900€ é mau!), é impensável. E foi com esta certeza no coração que me vim embora (mesmo que temporariamente). Hoje em dia, giro o meu tempo. Tenho tempo para trabalhar, para dormir, para descansar, para me exercitar, para fazer almoço e jantar, para receber pessoas cá em casa, e para ir jantar com amigos. E sou, acima de tudo, mais feliz! E sendo eu mais feliz, todos os que me rodeiam (mesmo este que anda colado a mim) também o são. E, no fundo, se sair de casa e for atropelada por um camião, e for desta para melhor, é isso que importa. Ser feliz!

constatação do dia

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ainda consigo pintar as unhas dos pés! Claro que, com algum esforço, contorcionismo e suor. Mas ficam pintadas. Claro que, também, não ficam como antigamente, e demoro o dobro do tempo (já não demorava pouco). Mas o que interessa é que ficam pintadas!
P., não estás dispensada de vir ajudar a amiga, claro. Foi só um adiamento...

fim de domingo quase perfeito

domingo, 4 de julho de 2010

O sofá cá de casa (check), um episódio novo (que eu ainda não vi, pelo menos) da Anatomia de Grey na televisão (check) e, depois, dois episódios seguidos da Clínica Privada (check, check). 
Para ser mesmo perfeito, só falta o homem da casa (morro de saudades dele, em todos os momentos do dia-a-dia)

comprei um livro da treta

Depois de ler um sempre-bom-Richard Zimler (com Os anagramas de Varzóvia), comprei um livro que espero que me entretenha, assim, como me entreteve o Diabo veste Prada (a mim e ao jogador da bola que tenho dentro da minha barriga - irra! que o puto pensa que isto é o campo de futebol lá do bairro).

24 semanas e muito sono

Não sei se é porque estou debaixo do tórrido calor de Santarém, se é do bebé a crescer, mas energia, só tenho de manhã. A partir do almoço começa a deteriorar-se e vem em descida alucinante até às 22 horas, hora que só penso em dormir...

estas são lindas e já são do António

Foi a nossa primeira compra para o nosso bebé. Cinco fraldas reutilizáveis, do género das descartáveis (tudo se tira e põe para lavar). São do tamanho a seguir ao do recém nascido, até porque ainda não decidimos o que fazer com os primeiros meses - achamos um grande investimento comprar fraldas muito pequeninas para tão pouco tempo (temos sempre a opção das fraldas tamanho único ou as fraldas tradicionais). Agora vamos comprar outras marcas, para podermos comparar melhor. Pensamos ter, no total, umas 25/30 fraldas, para podermos lavar dia sim, dia não. Para já, o investimento foi de €95,00 - até parece muito, mas se pensarmos que será, apenas, de cerca de €500, o custo total de fraldas, até nem é muito! 

Alguém chame alguém que ajude esta senhora - não aguento mais!

terça-feira, 29 de junho de 2010

A D.Cesaltina está ali numa ladainha de massacre aos meus ouvidos e cabeça.
Entretanto, eu que estava em sossego (às vezes gosto muito), estou a testar o gosto musical do miúdo. Espero que goste tanto de jazz/blues (e uma mistura dos dois), como eu...

a nova vida

Depois de um pequeno almoço bem estruturado: milkshake de banana com iogurte natural (tem banana por causa do magnésio - andei com umas cãibras, leite e iogurte por causa do cálcio), uma fatia de pão de mistura com creme de soja e uma fatia de queijo flamengo (não abusar do queijo, por causa do desgraçado do colesterol que teima em ser elevado), fui ao supermercado mais longe comprar tomates. É uma perfeita desculpa para fazer a caminhada da manhã. Que isto de ser freelancer tem que se lhe diga. Não há a obrigatoriedade de deslocação para um local de trabalho, a não ser ocasionalmente, logo tenho que ser eu a obrigar-me a sair, mexer, andar, no meu ritmo, o que me delicia!
E agora chegou o senhor do continente, com as compras e a torneira incorporada. Sim, porque peço para entregar em casa - isto de subir dois andares e meio é dose!!!!! Já andar a empurrar o carrinho, no meio de corredores, com pausa para ida à casinha é o que é... só me faltava mesmo subir todos os degraus e carregadinha de sacos e saquinhos e pacotes e afins!

Muda de vida, se tu não vives satisfeito. Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar

sábado, 26 de junho de 2010

Mudei de vida! Andava a pensar no assunto há já algum tempo. Até já tinha tomado decisões no sentido da mudança, mas coisas que seriam bem maturadas até acontecerem. Mas parece que o Universo estava a congeminar no sentido da minha mudança (sabem quando tudo acontece para darmos um passo numa determinada direcção?) e quinta-feira aconteceu a gota de água. Uma situação repetida no trabalho, precipitou a decisão já tomada, e sexta-feira, mudei de vida. 
Neste momento, sou arquitecta em modo freelancer. Já tenho uns trabalhos em vista. Uns projectos para concluir que possam trazer-me mais trabalho. Contactos a fazer no sentido de dar a conhecer esta minha nova condição. E medo! Muito medo. Estou apavorada com o que o futuro trará (Deus protege os audazes, continuo a repetir para mim mesma). De certo modo estou tranquila, com uma certeza de que tudo irá correr pelo melhor, que a minha (nossa) vida vai mudar para melhor. Que eu vou ser mais feliz, logo vou conseguir fazer (ainda) mais feliz o homem que amo (e o outro que vem a caminho). Mas por outro lado estou desamparada. Sozinha (em termos físicos). Sem o pai barriga que tanto me apoia. À distância não é a mesma coisa... E sinto que esta mudança, que irá ser para melhor, não está a ser partilhada de forma devida. Estou num misto de felicidade maricas, portanto!

bora lá

sexta-feira, 25 de junho de 2010

PORTUGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAL

as dúvidas do momento

quarta-feira, 23 de junho de 2010

estas são daqui


Entretanto, temos andado ocupados com a decisão e escolha das mais variadas coisas para o António! As fraldas reutilizáveis foi uma delas. Já nos decidimos por elas. Porque são melhores para o meio ambiente e, principalmente, para o bebé. Agora a parte mais complicada é escolher, de tantas marcas e tamanhos, qual o mais indicado. Será que aquelas que só têm um tamanho são boas? Se não, quantas comprar dos diferentes tamanhos? E de que marca? Não vai ser Verão no início, por isso, as primeiras, nem precisam ter capa xpto. Basta serem absorventes. Mas existem muitas no mercado, os preços diferem um pouco e muitas opiniões ainda mais. Tem sido uma confusão. 
Para já (e depois de ter lido 542 fóruns diferentes), penso que iremos comprar um tamanho pequeno, para os primeiros (poucos) meses, e a seguir, optamos por aquelas que dão para o resto do tempo (até ao fim do tempo da fralda). Algumas do tipo tudo-em-um (para os fins de semana e viagens) e outras das que se tem mais trabalho (que é apenas mudar o papel biodegradável e o absorvente - nada de extraordinário). 

Se, por acaso, alguém tiver opinião sobre alguma marca e tamanho e outras coisas do género, é favor partilhar! Aqui, as barrigas, agradecem... 

nariz Peste

Medido, pesado, e inteiramente visualizado, o António está de perfeita saúde, e recomenda-se. Tem um nariz empinado e pequenino (acho que é bem capaz de sair à avó Izelinda). E é muito dorminhoco. Tivemos que parar a ecografia a meio para lhe dar açúcar, abaná-lo bastante, a ver se mudava de posição e deixava que lhe vissem a cara e o coração. 
Nós, as barrigas, nesse dia estávamos um desolo. Separá-mo-nos, mais uma vez (se bem que por pouco, muito pouco tempo). E nesse dia o nosso ânimo não estava no seu auge. Nem festejámos, convenientemente, o facto de termos visto o António, e de estar tudo bem. Acho que comemoramos quando nos juntarmos, outra vez.
E tem sido assim, esta barriga tristonha, a tentar arranjar ocupação. A pensar no futuro e a agarrar-me à maravilha que é ter o António, sempre, comigo. Penso muito nele. No seu bem estar. E tento, com muita força, não me deixar levar pela tristeza que sinto por estar longe do pai barriga.

mais uma estrela no céu

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José de Sousa Saramago
Foi um grande escritor, um grande senhor e uma grande personalidade, controversa, mas forte. Deixou em palavras a sua imaginação e chegou a muitas pessoas. Aqui a barriga gostava muito de o ler. Divertia-me a sua imaginação. A forma como ele elaborava um romance a partir de algo em que não acreditava. Foi, é e continuará a ser alguém que suscitará discussão. E isso é sempre bom!

a barriga chega sempre primeiro

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Isto de andar meio tristonha dá para me enfiar na cozinha. Vai daí, saiu: folhado de salmão com pesto e tomate, e, para aproveitar as sobras da massa folhada, uns palmiers pequeninos e doces, que estão a marchar como gente grande. Assim, e por este andar, o António e a barriga vão ficar enormes! A imaginar pela sensação que me dá, durante a tarde, de esticanço barrigal... parece que vou explodir dentro de pouco tempo. E pelo que dizem, ainda agora a barriga começou a crescer!

só para partilhar

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O que eu gosto de estar grávida, pá! É que gosto mesmo. Da barriga a crescer, de sentir a cria dentro de mim, de o chamar e ele mexer, dos beijinhos do pai na barriga... Até nem me incomoda (muito) a celulite a instalar (estou quase a começar a guerra contra ela, com a ajuda das drenagens linfáticas), os pés e as pernas a inchar, o cansaço (que aumenta) a subir escadas ou a nadar. Nada me incomoda! É tudo coisa boa! Cum caneco, mas este, é um sentimento mesmo bom!

gorducho

sexta-feira, 11 de junho de 2010

No meio de tanta medição ao António, o médico sorriu e disse: é gorducho! Desculpe?! Afinal não sou eu a gorda?! É ele?! Já com refegos e ainda na barriga?! Pesada a cria, constatou-se que 390g são um pouco acima do que seria o esperado nesta altura... Valha-me Deus e a epidural, porque o bebé vai sair pelo sítio convencional, oh! se vai!

Ignorância de principiante

Ontem, depois de uma tarde bem passada a ver o Sexo e a Cidade2 (mais um episódio divertido da série - não é nenhum filme para intelectuais...), recheado de pipocas, vai esta barriga a sair da sala de cinema, e dá-se-lhe uma forte dor de barriga, na zona do estômago. Ignorante, como só eu, a pensar que poderia ser alguma coisa que tivesse a ver com o bebé, e como a dita dor não passava, mando-me para a urgência do hospital (carro a abrir, quase a passar os semáforos encarnados, com os quatro piscas ligados e a apitar furiosamente - not!). Fui levada para o gabinete do obstetra em cadeira de rodas (apesar de ter dito que conseguia andar) - ai e tal, que me dói aqui (cara de sofrimento).... o médico pergunta o que comi... um peixinho grelhado ao almoço... e mais?... pipocas com o filme.... ah!!!!!! e dói-lhe!!!!!!.... pois que dói! Que pipoca é frito e nada saudável. Ecografia feita, bebé medido e pesado convenientemente, placenta visualizada, barrigas (a mãe e o pai) tranquilas, diagnóstico: pipocas a mais! 
Conclusão, mandei-me para urgência de obstetrícia, por causa de pipocas em excesso no estômago!

maleitas... ou nem por isso

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A barriga não anda lá muito bem disposta.... Esta semana fiquei de cama, durante a tarde, com uma indisposição geral, causada por dores nas costas, que me incharam as pernas e só me pedia cama. Hoje, na ida ao super para comprar almoço, senti-me estranha, qualquer coisa parecida com tensão baixa, e com vontade de me sentar, no meio de um monte de gente em frente à banca do peixe, sem respeito nenhum, mais uma vez, por esta criatura prenhe.
No meio de tanta indisposição, o que me sabe mesmo bem, é ficar em casa. Tratar da minha vida, postar coisas aqui no estaminé, fazer telefonemas para creches, pôr conversa em dia com amigos que vivem longe-como-o-caraças, e sentir-me tranquila... Por isso, no meio da suposta desgraça que é estar indisposta, até nem tem sido mau de todo.

Sim, eu sei que sou esquisita

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ah! E obrigado às meninas que me enviaram mensagens com dicas para comprar roupa. Já experimentei todas elas.... ou quase. 
C&A não gosto da roupa - parece que foi feita para a avó gorda. H&M tem básicos engraçados mas roupa pa nos fazer sentir giras e grávidas, nada que me agrade! Por catálogo, tenho receio que não goste, ou do tecido, ou da textura, ou do padrão, ou de ver em mim... Na Modalfa (roupa do Continente) até tem algumas coisas engraçadas, mas ou não tem o meu tamanho, ou a loja onde vou tem pouca variedade.  O catálogo da PréNatal é muito engraçado, mas quando vou à loja, não consigo levar nada para o provador. A roupa mais engraçada, que vi até agora, encontrei na Benetton, onde o "xs" é gigante - a não ser as calças que ficam muito bem!
Falta-me percorrer o Amoreiras,  loja do chinês aqui do bairro - tem coisas engraçadas, e o El Corte Inglés.
Ah! E sandálias é outra aventura! Giras, baixas, mas não rasas, e confortáveis.... Encontro muitos modelitos de salto perfeito, em versão avó da aldeia. Agora pretende-se em versão gira.

20 semanas...

... e meio caminho andado! A barriga já é maior que as mamas (e eu pensava que ia ser difícil isto acontecer). Custa-me a dormir sem ajuda de uma almofada (que apoie a barriga, quando me deito de lado). E segundo a médica, não estou gorda coisíssima nenhuma - esta foi uma grande notícia! 
O António está a criar padrões de sono, dizem (seja lá o que isso for). Na realidade, sei (com comprovação pelas ecografias e movimentação na barriga) que dorme de manhã e está acordadíssimo de noite, na hora que me deito - e tem sido todos os dias assim. Durante a tarde, também se manifesta mas é coisa pouca. Espero, por isso, que seja de dormir à noite, quando vier cá para fora! 

Santa Deolinda

Não existe... acho eu. Mas passou a existir, pelo menos no meu mundo. É a nova empregada da família barriga. É portuguesa (é sempre bom ajudar os nossos, que querem, realmente, trabalhar). Sabe ler e escrever (não corro o risco de receber telefonemas com "não entendo sua letra de doutora, não" e de ter bilhetes do género "mim vorta de manha"). É perspicaz (consegue vestir as almofadas grandes com as fronhas maiores e as pequenas com as menores). Pró-activa (quando viu um móvel que dá para limpar por cima, mesmo que alto, perguntou pelo escadote). E limpa! Acima de tudo, limpa! E a barriga ficou mesmo feliz, depois de entrar em casa e sentir limpeza no ar.

do roupeiro

sexta-feira, 4 de junho de 2010


Esta coisa de vestir enquanto se está grávida, não tem sido tarefa fácil! Há poucas lojas com roupa adequada. Menos ainda com roupa engraçada. E subtraímos ainda mais, quando queremos um tamanho que se adeqúe a nós (sim, porque engravidei, não engordei - e são coisas realmente diferentes!). São umas três lojas que conheço, a preços acessíveis (mais ou menos). Uma tem roupa (a maioria dela) que a minha avó vestiria. Outra, os trapos são insípidos, sem piada, apenas confortáveis. E na outra, o XS é um tamanho grande. O que me deixa com uma neura gigante na altura de vestir. Parece que ando sempre com a mesma roupa. Sempre confortável, é verdade, mas e gira?! Também quero me sentir gira! Quero sentir-me bem na roupa que visto, que levo à rua. E quero, acima de tudo mostrar a barriga - que isto são apenas nove meses, e metade do tempo está quase passado! Para não falar em roupa para dormir. Não existe nada de engraçado. Lá porque a pessoa só está a dormir, não quer dizer que não tem que estar bem, confortavelmente sexy. Enfim... Não sei onde mais procurar (já me rendi às lojas de roupa normal, desde que em jeito de túnica e cortadas abaixo do peito). Se houver por aí alguém que saiba, por favor, partilhe. Aqui, a barriga, agradece. 

mais uma vez à procura de empregada

quarta-feira, 2 de junho de 2010


A barriga vai falar, hoje, com a suposta (quem-sabe-mas-quero-tanto-que-seja) nova empregada. A anterior, brasileira, quarentona, sem vontade nem sabedoria para limpar, vai aproveitar o novo subsídio do Estado (esse ganda maluco que de tanto dinheiro que tem, decidiu esbanjar) para quem cuida de idosos, e vai enfiar 2 velhotinhas em casa e receber o dito dinheirinho (só não há uma alma caridosa que acolha a D. Cesaltina). De maneira que se mandou (ou era assim, ou eu iria despedi-la, mais cedo ou mais tarde, que isto de pagar a alguém para não limpar não me parece muito justo). E isto tudo para vos pedir, minha gente, que façam figas logo, que a família barriga precisa de empregada.

tem sido assim...

A barriga mexeu! E eu adorei ver! Amei sentir! Achei delicioso "comunicar" com o bebé de uma forma mais intensa. Agora, sempre que chego a casa, é ver-me reclinada para trás, no sofá, com a barriga à mostra, a olhar para onde sei que está o António. Falo com ele. Ponho as mãos sobre a barriga, e espero senti-lo. O que acontece muitas vezes. E isto, faz-me mesmo feliz!

update

domingo, 30 de maio de 2010

E correu tão bem... em relação à noite com os sobrinhos. Pareciam dois anjinhos com direito a medalhas de mérito e tudo. Nada de birras, nada de questionar tudo e achar que só se podia fazer o que se queria. Nada de dizer que não gostava do jantar. Foi perfeito. Chegámos ao fim da noite, sentá-mos-nos no sofá e sussurrámos que tinha sido perfeito. Não estávamos cansados nem nada! Foi batalha ganha... pelo menos desta vez! 


A D. Cesaltina lá continua, sentada no degrau da escada, a chorar, a gritar e sei lá mais o quê. O que podemos fazer para ajudar, eu não sei. Não sei a quem telefonar. Só sei que, para além da angustia que a senhora sente, dos medos e todas as cenas que imagina e com as quais reclama, esta situação me angustia muito. Entro no prédio com um aperto no coração e passo o tempo, que a ouço, a sofrer. Gostava mesmo de conseguir ajudar. A ela e a mim.


O bebé está a crescer que nem doido. Na fotografia que tiramos todas as semanas já se nota bem a  diferença. Entretanto, na próxima semana (concluídas as 20 semanas) mudo o header do blog e todos passam a perceber também...
Já lá vai quase metade do tempo. Acho que a ansiedade aumenta. Até porque se aproxima da altura da ecografia morfológica, onde se mede tudo do bebé. E fica sempre aquela vontade de ter, mesmo, a certeza que está tudo bem!

medo...

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Esta noite vamos acolher os nossos sobrinhos rebeldes. É recebe-los, dar-lhes banho, jantar, ele segue para a cama, e passado pouco tempo é a vez dela. Supostamente às 22:30h está tudo sossegado (espero!) Mas... eles fazem birras. Ela tem ciúmes dele. Ele quer mexer em tudo o que ela mexe. Ela acha que pode decidir o que quiser sobre todos os assuntos. Ele morde e pontapeia... 
No fundo são uns amores e amo-os de morte, mas estou cheinha de borboletas no estômago (da ansiedade do que me espera), confesso!

a D. Cesaltina

No prédio onde vivo, vivem também uns senhores muito velhotes. São irmãos que se dão mal como água e azeite (que não se misturam). Ela tem 94. Ele 96. Ela está baralhada com muitos aspectos da vida, se bem que parece ter saúde. Ele está ali para as curvas. Nunca pára em casa e fuma que nem gente grande. É frequente ela gritar. Ora com os ladrões, ora com as porcalhonas. Quer uns, quer outras, fruto da sua imaginação. E dá dó. Porque são muito velhotes. Não têm família. Ninguém que olhe por eles. Que lhes limpe a casa, limpe o rabo e os mande para a cama quando baralham a noite com o dia.
Ontem, quando chegámos a casa, estava ela sentada nos degraus, às escuras, na entrada do prédio. Tinha uma poça de chichi que caía pelos degraus, e um sorriso forçado (ela sorri muito, por mais baralhada que esteja, mas ontem não conseguia). Tentámos levá-la para casa. Perguntámos se ela se sentia bem. Se estava tudo bem. Pois que não estava. Os ladrões! Roubaram-lhe as chaves e não lhas davam (por ladrões, ela referia-se ao irmão). Que tinha três. E que tinham roubado todas. De maneira que só saia dali, quando os ladrões lhe devolvessem as chaves. 
Fomos para casa. Eu, angustiada (também tive uma avó baralhada com a vida, mas com a sorte de ter alguém que a ajudava nessas alturas). Sem saber se devia ligar aos bombeiros, 112 ou polícia. Ela gritava, às escuras, sentada nos degraus da escada. A bem dizer, a D. Cesaltina não tem problemas físicos (visíveis) de saúde. É mesmo a cabeça dela que está velhotinha. Decidi-me pelo 112, que vieram depressa (mesmo depois de lhes explicar tudo!). E falaram com ela. E ela lá lhes explicou a história dos ladrões. Que devia tomar a medicação - e é ela quem trata disso (como se conseguisse lembrar-se). Que estava bem de saúde, graças a Deus.
Acho que a levaram. Não sei bem para onde. Mas espero que lhe tenham dado um banho quente e uma sopa reconfortante. 
Eu, continuo com o meu coração apertado. Por mais um idoso que paga impostos e, quando precisa, ninguém cuida dele. Pelos idiotas dos governantes, que só pensam nos seus carros topo de gama. Sim, porque esses senhores têm os pais bem cuidados, à conta das 3 pensões e do ordenado que ganham. A D. Cesaltina, só precisa de quem a apoie. Quem lhe dê a medicação a horas, para ela não baralhar o mundo.

terça-feira, 25 de maio de 2010



Às 18 semanas cresceu! Do sábado para o domingo, senti uma diferença enorme na barriga. Tenho muito comichão agora. Mais dores nas costas e dores de cabeça (nada de extraordinariamente forte, mas uma moinha chata, que aborrece e cansa). Canso-me mais. Tanto de estar sentada como em pé. 
Ontem vi-o. Mexeu-se cá dentro e empurrou a parede da barriga para fora. De tanto que estava a senti-lo (deitada de barriga para cima), levantei a t-shirt para olhar a barriga, não fosse dar-se o caso de ver alterações na pança. E não é que aconteceu mesmo?! Nada de muito óbvio, claro. Mas era uma qualquer parte do corpo dele, de certeza.  

faz-me espécie...

Indigna-me que, nas filas do supermercado, as pessoas não queiram nem saber se estou grávida, se estou "pesada", se estou inchada, se tenho dores. Irrita-me que olhem para a minha barriga, estejam na fila que devia dar prioridade às grávidas, idosos e acompanhantes de crianças de colo, e desviem o olhar como se não fosse nada com eles. Não significa doença, esta coisa da gravidez, mas que até sabe bem estar sentada ou a caminhar, sabe. Custa muito mais estar quieta, numa fila, agora que estou grávida, do que antes. Nos dias que correm, uso sempre um banco para cozinhar ou passar a ferro...

bom fim de semana

sexta-feira, 21 de maio de 2010



Este fim de semana, além deste calor delicioso, e de poder desfrutar dele na rua, vai haver festa. Duas até. Vamos andar entre Lisboa e Beja. Almoço de um aniversário, jantar de outro. Muita comida boa, muito carinho, muita amizade da verdadeira. Pouco descanso, é certo. Vai ser daqueles fins de semana que passam a correr e nem damos por ele, a não ser na segunda de manhã que nos apetece ficar mais um pouco na cama. Mas estar com aqueles que amamos também é importante. E de preferência, longe do pó da nossa casa (estou aqui a tentar ganhar coragem para ligar à empregada a pedir para ela vir trabalhar no domingo, umas horitas - claro que lhe pagamos devidamente, mas trabalhar no domingo é dose... e pedir é dose dupla!). 
De maneira que vou de fim de semana, descansar (vou tentar!), comer (com cuidado para não abusar nos doces, se não a enfermeira ralha comigo - medo!) e fortalecer laços de amizade. E esta parte é, sem dúvida, a melhor!

obras



A casa da barriga está em obras. Não é bem a casa toda (mas parece). É só uns armários de aproveitamento do esconso. Estamos a isolar tudo (para não deixar entrar tanto calor e tanto frio - agora temos que nos preocupar com uma cria indefesa) e a revestir, novamente, com "pladur". De maneira que dito assim, parece que não é nada de jeito, mas na realidade, a minha casa parece um cenário de guerra. Os quartos estão atulhados de coisas (tudo o que estava nos ditos armários). As divisões com pavimento cerâmico (cozinha, casas de banho e marquise) estão polvilhadas de pegadas gigantes de homem urso - e o resto da casa estará também, mas como o chão é meio claro não se nota. O que se nota é o pó. Branco. Fino. Infiltrante em todos os buracos, buraquinhos e frestas. Imagino a roupa dentro dos roupeiros e das gavetas, com uma camada protectora de pó fino, que mal se nota, mas deixa a roupa hirta (e firme, como uma barra de ferro).
Estamos há duas noites a dormir em casa dos pais. É estranho. Por mais que seja a nossa casa, parecemos atarantados na mesma. As coisas não estão nos mesmos sítios que estão na nossa casa. A casa de banho é diferente. A sala também. Até o colchão é diferente. Ontem na cozinha, parecia que não sabia cozinhar. No final, até ficou gostoso o jantar. Mas parece que nada batia certo... Enfim. Parece que voltamos ao nosso ninho este fim de semana. E estamos ansiosos por isso!

o início do Verão

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O calor chegou. De repente (e ainda bem - isto não sou eu a queixar-me!). E senti-me, pela primeira vez, grávida (e ainda bem - isto, continua a não ser uma queixa!). Inchei. Muito. Custou-me a andar. Queria caminhar, mas também só queria chegar a casa e esticar-me no sofá com os pés para cima. Bebi muita água (mas provavelmente, foi também pela sopa hiper salgada que comi ao almoço). E tinha uma dor de cabeça que acompanhava, em sentido contrário, a minha tensão. E foi só o primeiro dia do calor. O que significa, espero, que tenha tendência a habituar-me (ao inchaço, ao calor, ao desconforto de conseguir caminhar pior). E que, por isso, tenha tendência a melhorar. Hoje estou mais fresca. Já estou preparada para o calor bom que vem lá. Hoje, vai ser melhor. Espero...

o amor pode tudo

terça-feira, 18 de maio de 2010

No meio de tantos acontecimentos que nos deixam tristes por fazer parte de um país interesseiro, desinteressante, avarento, e que só se quer mostrar que pode, quando, na realidade não pode nada, há coisas que nos fazem bem. E hoje, sinto-me bem por fazer parte deste pequeno país. Sinto orgulho em ser portuguesa. Porque faço parte de uma comunidade que não descrimina quem ama. E isso, significa que valorizamos, também, o amor. 

Começamos a caminhar no sentido da adopção de crianças por todos os casais (espero!). E isto seria mais um passo no caminho do amor...

prece (as if...)

Ontem fui a um jantar-meio-festa-de-aniversário-de-criança. O meu sobrinho fez anos na sexta. Só conseguimos estar com ele ontem. E para jantar, juntou-se outro casal amigo que tem três filhos (coragem!). Nestas ocasiões, mais agora que antigamente, dou comigo a pensar como me vou safar daqui a uns anos (não tão longe assim). Eram cinco (só) crianças. Uma de oito meses. Duas de dois anos. Uma de cinco e outra de seis. As duas mais velhas, fizeram tropelias, atrás de tropelias. Desde comerem a taça de salgados (sem fome para jantar a seguir, claro!) a virarem do avesso (literalmente) a taça do doce, a correr pela casa com cambalhotas e gritos à mistura. Os dois do meio, sempre atrás das mais velhas. Querem fazer tudo igual. Brincar com as mesmas coisas (mesmo que haja triliões de outros brinquedos, não importa - querem aqueles específicos), fazer as mesmas asneiras (e aprendem-nas tão depressa), dar os mesmos gritos... A mais pequena, assim que acordou, só queria o colo do pai ou da mãe. Ficar quieta num sítio, sem o contacto físico do adulto que lhe cheirava a progenitor, não interessava. 

Conclusão: eram 22:30h, e eu estava pronta para dormir! Mete-mo-nos no elevador, olhámos um para o outro, e eu perguntei: será que vamos conseguir? Claro que vamos, eu sei. Mas se, com os filhos dos outros, eu fiquei derreada, de rastos, sem mais energia (enquanto que os piolhos estavam prontos para continuar, claro - com pilhas novas), como será quando for o meu? 
Deus, Tu ajuda-nos! Que nós precisamos de uma cria calminha, com energia Q.B. e que na hora certa (leia-se: quando os pais precisarem) vá dormir, qual anjinho dócil e obediente! 

de momento, só consigo sorrir...

domingo, 16 de maio de 2010

Dezassete semanas de gestação e o fim destas férias de-li-ci-o-sas! Consegui abstrair do facto de ser apenas um fim de semana. Consegui abstrair do facto de estar a dois dias do regresso ao trabalho. Consegui libertar-me do quotidiano e entrar no "mundo" das férias. 
Houve passeios à beira mar (não fosse o hotel mesmo em frente à praia). Houve refeições de peixe grelhado e salada (todas!). Houve leitura de jornais, livros e revistas, sentados na esplanada, sobre o mar. Houve namoro e sempre, mas sempre, muita tranquilidade. Falámos muito com o António. Observámos enquanto ele cresce. Mergulhámos na piscina, os três. Saboreámos o dolce fare niente. De manhã à noite. Sempre debaixo de um céu lindo, azul, com o Sol e os nossos sorrisos a acompanhar. 
Regressámos cedo, no domingo. Parámos para almoçar a primeira sardinhada no pão, numa esplanada no centro de Setúbal. E voltámos a confirmar o sentimento de felicidade que nos acompanhou nestas férias! Só não consegui alterar estar cor de lula crua que é tão minha. Mas espero que na próxima vez consiga. Espero que o sol e o calor ajude. E já estamos a fazer planos para as próximas...

Eu, as minhas amigas hormonas...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

...juntamente com o António, claro, andamos ao rubro. Qualquer coisa triste, é um melodrama ao estilo do melhor filme de Hollywood, daqueles que choramos com o lenço numa mão e a caixa na outra (enquanto no chão amontoam-se lenços ranhosos). E qualquer motivo de sorriso é uma festança daquelas que abanam os santos no céu!
Ontem, o G. anunciou que vai voltar a Angola. Por quatro semanas. Dizem. Nós nunca sabemos se é mesmo pelo período determinado (da última vez era para ter ficado quatro, ficou oito!). Nós, o António e eu, ficámos devastados. Chorámos muito. Os dois. Sofremos muito. Os dois. Mesmo com as férias, tão desejadas, já no dia a seguir, ficámos no chão, os dois, sem conseguir sorrir com a alegria que é passarmos tempo juntos! 
À noite, tivemos que falar com ele, eu e o G. dissemos-lhe que ia correr tudo bem. Que estávamos tristes, mas logo, logo, iríamos estar juntos de novo. E era nesse sentimento que tínhamos que concentrar as nossas forças. Acreditem ou não, mas as dores ligeiras que tinha na barriga, passaram. Acreditem ou não, as nossas palavras e o nosso toque na barriga, acalmaram o António. 
É mágico este laço que criamos com o nosso filho, mesmo sem o ter visto, sem o ter segurado no colo, sem o ter tocado. Gerar um Ser dentro de mim, é realmente mágico!

desejos de grávida (os quais não podem ser recusados)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Este fim de semana vamos de férias! Quaisquer duas noites que sejam sair da rotina e mudar de ares, para mim, tem cheiro a férias. De maneira que vamos. Namorar. Muito! Caminhar junto ao mar, com aquela imensidão de água azul ao nosso lado. A respirar ar diferente. Sem telemóvel. Sem computador. Sem compromissos sociais, familiares ou de outra natureza qualquer. Vamos. Enquanto somos três disfarçados. Porque na realidade já somos três - e adoramos! Queremos aproveitar estes últimos meses desta nossa condição de sermos dois, no agregado familiar. A seguir, vamos desfrutar (muito, tenho a certeza) do facto de sermos três. Mas, por enquanto, queremos saborear a dois. Noites tranquilas. Pequenos almoços, almoços e jantares românticos. Passeios de mãos dadas sem horas para comer, mudar fraldas ou dormir... Este fim de semana vamos de férias! 

pergunto eu:

terça-feira, 11 de maio de 2010

Com a crise económica com a qual vivemos, será que faz sentido todos os milhões que temos gasto com a visita do Papa? Não será esta visita um momento de esperança para quem te fé, e nesse sentido, não poderia ser feito (a missa, as reuniões) em locais já existentes?  Com oferendas, do tipo vinho do Porto, pastéis de nata, e flor de sal ali da ria Formosa? Ser Papa e representante da fé de tantas pessoas, não é, acima de tudo, despojar-mo-nos do que é material? 
Mas isto sou só eu, que apenas controlo as minhas finanças,e faço-o a meias (ainda por cima) e não movimento milhões (com pena, muita pena) por mês.

as histórias que nos contam

E pronto! Eu que estava completamente convencida de que não sou maricas, nem esquisita, nem me dou a melindrices, e tinha decidido, com toda a certeza do mundo, ir para a natação, apesar da remota hipótese de ter uma infecção urinária ou outro tipo de infecção "lá em baixo", acabei de ficar em dúvida. Contaram aqui (e há sempre boas histórias que contam, e que eu tento não ouvir) que no caso dela, a médica tinha dito que não! Que se apanhasse uma infecção era muito complicado tratar. Que piscina, nem vê-la! 
Acho que vou fazer um reboot à minha cabeça e esquecer o que ouvi. Pois que a MINHA médica disse que podia. Que não havia problema. Claro que tinha que ter cuidado com a higiene (sabonete de glicerina é o melhor), mas até escreveu uma "carta" a dizer que não havia qualquer tipo de contra-indicação. De maneira que ontem, lá fui fazer um teste (traduzido em quatro piscinas) para ver em que nível me enquadrava - fui tentar uma nova piscina, com esperança de um balneário mais arejado, menos com a sensação de está-aqui-um-calor-e-humidade-que-até-vestir-a-cueca-custa! E gostei. Tanto! Adoro nadar. E o António também vai gostar muito. Não gostámos do balneário, mas temos bom remédio: voltar à piscina antiga que até é mais em conta e mais perto de casa. 
Vou fazer tudo sem mariquices. Sem melindrices. Sim, porque antigamente, no tempo das minhas avós e até da minha mãe, não havia cá destas coisas. Cada um fazia o que sempre fez. Que gravidez, não é doença!

novas descobertas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ontem descobri que fazer a depilação grávida (à semelhança de pintar as unhas dos pés), é como ter, sempre, uma bola entre a barriga e as pernas. Torna a coisa muito desconfortável. 
Por estes dias, estou a tentar descobrir como trabalhar com este sono incrível, que se apodera de mim e não vai embora... 

16 semanas

domingo, 9 de maio de 2010

Parece que, por esta altura o bebé já tem os olhos no sítio certo. Boa! As pernas e os braços estão quase na proporção certa. Já tem unhas e começa a fazer um monte de caretas e caranhontas! Já só falta a sensibilidade das minhas mamas reduzir. De momento, sou mamas com pernas.
Ah! Não sei se é real ou não, mas acho que o sinto. Sinto bolhas a passear no meu baixo ventre. Só pode ser ele!

Vou ali à sanita outra vez e já venho!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A senhora enfermeira que me disse para consumir menos hidratos de carbono (e me faz passar alguma fome...) disse-me, também para beber água. Litro e meio. Acho que vou fazer ligação da directa da minha bexiga à sanita.