durante a caminhada matinal, penso na vida

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Tenho andado a pensar nesta coisa de ficar em casa e não ter um trabalho fixo e um horário fixo. Se eu gostava que fosse assim? Sim. Sempre achei que iria trabalhar até me rebentar as águas e ter que ir, de táxi, para a maternidade. Mas também, sempre achei que iria trabalhar num sítio onde fosse feliz. Onde as pessoas não têm duas caras e tentam, só porque, fazer a vida dos outros infeliz. Onde não chego a casa triste. Onde não saio de casa pesada, sem vontade, nenhuma, de ir. Onde não tenho a obrigação de inventar trabalho e achar que o meu dia é inteiramente desperdiçado. Trabalhar num sítio, destes, onde me pagam miseravelmente mal, para aturar tudo isto (qualquer coisa abaixo dos 900€ é mau!), é impensável. E foi com esta certeza no coração que me vim embora (mesmo que temporariamente). Hoje em dia, giro o meu tempo. Tenho tempo para trabalhar, para dormir, para descansar, para me exercitar, para fazer almoço e jantar, para receber pessoas cá em casa, e para ir jantar com amigos. E sou, acima de tudo, mais feliz! E sendo eu mais feliz, todos os que me rodeiam (mesmo este que anda colado a mim) também o são. E, no fundo, se sair de casa e for atropelada por um camião, e for desta para melhor, é isso que importa. Ser feliz!

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