prece (as if...)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ontem fui a um jantar-meio-festa-de-aniversário-de-criança. O meu sobrinho fez anos na sexta. Só conseguimos estar com ele ontem. E para jantar, juntou-se outro casal amigo que tem três filhos (coragem!). Nestas ocasiões, mais agora que antigamente, dou comigo a pensar como me vou safar daqui a uns anos (não tão longe assim). Eram cinco (só) crianças. Uma de oito meses. Duas de dois anos. Uma de cinco e outra de seis. As duas mais velhas, fizeram tropelias, atrás de tropelias. Desde comerem a taça de salgados (sem fome para jantar a seguir, claro!) a virarem do avesso (literalmente) a taça do doce, a correr pela casa com cambalhotas e gritos à mistura. Os dois do meio, sempre atrás das mais velhas. Querem fazer tudo igual. Brincar com as mesmas coisas (mesmo que haja triliões de outros brinquedos, não importa - querem aqueles específicos), fazer as mesmas asneiras (e aprendem-nas tão depressa), dar os mesmos gritos... A mais pequena, assim que acordou, só queria o colo do pai ou da mãe. Ficar quieta num sítio, sem o contacto físico do adulto que lhe cheirava a progenitor, não interessava. 

Conclusão: eram 22:30h, e eu estava pronta para dormir! Mete-mo-nos no elevador, olhámos um para o outro, e eu perguntei: será que vamos conseguir? Claro que vamos, eu sei. Mas se, com os filhos dos outros, eu fiquei derreada, de rastos, sem mais energia (enquanto que os piolhos estavam prontos para continuar, claro - com pilhas novas), como será quando for o meu? 
Deus, Tu ajuda-nos! Que nós precisamos de uma cria calminha, com energia Q.B. e que na hora certa (leia-se: quando os pais precisarem) vá dormir, qual anjinho dócil e obediente! 

3 comentários:

Cat disse...

Pois que não há receitas mágicas - depende em parte deles, pois todas as crianças são diferentes, e depende em parte do que fazemos deles, da educação, das rotinas, do ambiente que os rodeia.`
Garanto-te que vais ter muito mais paciência para os teus do que para os dos outros. Também te garanto que, normalmente, o comportamento deles em casa e no ambiente familiar é diferente do comportamento noutro espaço ou com outras pessoas... e nós também somos "educados" por eles, se calhar há coisas que vamos deixar de considerar confusão ou comportamentos stressantes, pois vão ser integrados nas nossas rotinas.
Eu nem tenho muito de que me queixar, os meus lá têm as suas coisas normais de crianças, mas basicamente portam-se bem.... e começaram a dormir a noite toda com 1,5 e 2 meses... embora durante o dia fossem crianças completamente diferentes - ele praticamente não chorava, podíamos levá-lo para qualquer lado que nem se dava por ele, dormia imenso, aguentava-se na cadeira ou caminha sem chatear - tive uma pacata licença de maternidade, com tempo para ler, ver filmes e tudo o mais; ela dormia pouco de dia e queria colo e atenção, exigia veementemente!!! Mas nós adaptamo-nos... porque no fundo são o melhor que temos na vida...

barriga crescente disse...

Eu também acho que vai ser facilmente adaptável. Todas as mães que conheço, antes de o serem, eram pessoas assim, que se cansavam com as crianças dos outros (a parte das tropelias, claro). Que depois de serem mães, estão ali (na minha hora de dormir) frescas e fofas. Prontas para continuar a tarefa diária de brincar mais um bocadinho e deitá-los.
Mas que assusta, assusta!

AF disse...

ahahahaha....tive que me rir quando li a parte do elevador. Amiga, agora é tarde para pensar nisso...é agarrar o touro pelos cornos e seguir em frente, seja uma criança calma ou agitada. Talvez haja dias com paciência e outros com menos, mas nós humanos somos assim. No fim, tudo correrá bem!
Beijinhos